Cidade Ternura
Em paralelo ao título de Capital da Música, Tatuí é conhecida nacionalmente como “Cidade Ternura”, a pretexto da hospitalidade de seu povo.
Contudo, o fato é que a alcunha nasceu a partir de um artigo escrito pelo jornalista Osmar Pimentel, publicado no jornal O Progresso de Tatuí em 14 de outubro de 1934.
O texto, intitulado “Uma visão da Tatuí que não conheço”, foi redigido por meio de “impressões” sobre a cidade obtidas por Pimentel em conversas com o amigo Maurício Loureiro Gama.
Principal expoente do jornalismo tatuiano, Gama nasceu em Tatuí e começou a carreira profissional justamente em O Progresso de Tatuí, do qual partiu para ser o primeiro apresentador de telejornal do Brasil.
Mesmo residindo em São Paulo, Pimentel acabou “apaixonando-se” pela cidade. Os comentários de Gama estimularam o amigo a produzir o artigo no qual o jornalista relata “um sonho e compara a cidade a uma noiva”.
Tatuí é descrita no texto como “Cidade Ternura” e “uma promessa de felicidade”. A observação “encheu o povo de orgulho”, ressaltando a característica hospitaleira local.
Alcançou tamanha repercussão que, em 10 de agosto de 1964, transformou-se em lei. Na data, a Câmara Municipal aprovou projeto que estabelecia a música “Tatuí, Cidade Ternura” como Hino do Município.
A proposta foi apresentada pelo vereador Aido Luiz Lourenço. O hino tem composição de Maria Ruth Luz e Paulo Cerqueira Luz, ambos já falecidos.
Em solenidade, o prefeito Paulo Ribeiro promulgou e sancionou a lei no dia 11 de agosto de 1964, no salão nobre da Etec (Escola Técnica) “Sales Gomes”.