Mostra de Expedycto Lyma segue em cartaz no Museu Paulo Setúbal de Tatuí
Curador Felipe Abramovictz conta sobre homenagem feita ao cineasta
Da redação
Organizada pelo artista de vídeo, montador e pesquisador do cinema brasileiro Felipe Abramovictz, a “Ocupação Expedycto Lyma”, sobre as obras do cineasta amador radicado em Tatuí, continua em cartaz no Museu Histórico “Paulo Setúbal” até o dia 30 deste mês.
A mostra, que teve abertura no dia 4, promove neste sábado, às 15h, a exibição de “O Filho de Dioguinho”, a qual, segundo Abramovictz, será feita pela primeira vez em Tatuí. O longa-metragem, realizado em 1981, ganhou uma cópia restaurada, que chega ao público neste final de semana.
Para o curador, receber a presença de Lyma na ocupação foi um dos momentos mais especiais da mostra. Ele contou que, diferentemente das outras ocasiões – nas quais a exposição fora montada em São Paul e o cineasta acompanhou o processo somente por meio de fotos -, em Tatuí, ele e o cenógrafo Jaime Pinheiro guardaram uma surpresa para a vinda do cineasta à cidade, onde ele “mantém raízes”.
“Na exposição, incluímos um espaço cenografado que homenageia o camarim que ele usava no Circo-Theatro do Alemão e o estúdio de edição com o qual montou seus mais de 20 longas. Então, foi muito emocionante estar ao seu lado na primeira visita”, relatou.
Abramovictz disse que Lyma ficou “muito impressionado” com a projeção dos filmes na fachada do museu e as homenagens prestadas pelos cururueiros Rubinho, Josué e Dito Leiteiro.
O curador declarou também ter ficado feliz com a presença de parceiros e colaboradores da trajetória artística de Lyma na exposição e ressaltou o comparecimento de alguns deles.
Em particular, apontou o professor Pedro Henrique Campos (que participou de um debate antes da exibição do filme “Sentimento Mortal”, com direção de Lyma, em que ele foi o diretor de fotografia e um dos personagens do longa) e do ator Vicente Poeta.
“Esperamos que, ao longo das próximas semanas, enquanto a exposição segue em cartaz, que outros colaboradores que trabalharam com Expedycto no cinema, no circo ou no teatro possam nos prestigiar, porque a ocupação é, antes de tudo, uma homenagem a eles”, concluiu Abramovictz.