Diego Dedablio leva ‘Vanguarda e Ruptura’ ao Centro Cultural de Tatuí
Exposição pode ser visitada de segunda-feira a sexta-feira até o fim do mês
Da redação
O artista plástico tatuiano Diego Dedablio apresenta no Centro Cultural de Tatuí “Jornalista Vicente Ortiz de Camargo” a exposição “Vanguarda e Ruptura”, que pode ser vista gratuitamente até o final do mês.
A mostra promete um “diálogo contínuo com o público em formação e interessados em arte contemporânea e urbana, utilizando a arte como instrumento de conhecimento e comunicação que agrega ideias subjetivas do público, funcionando como uma ferramenta de integração e encontro das diversidades”.
“Estarei montando a exposição aleatoriamente. Com certeza, tem mais de 30 obras, é uma instalação espontânea, onde vou compondo a modulação com as obras”, contou o artista.
Além disso, a exposição conta com uma ambientação especialmente escolhida para abrigar as obras, transformando uma sala específica em uma instalação completa, que integra a narrativa pictórica da mostra.
Entre as linguagens artísticas apresentadas, estão pintura, fotografia, desenho, escultura e instalação, “promovendo multiculturalismo, pluralidade e valores que destacam a prioridade do ser humano sobre todas as diferenças. A narrativa curatorial é focada em estabelecer diálogos com estas tendências da atualidade”, indica Dedablio.
“Quadros divididos em várias partes, por esta via que se constitui o dinamismo, integrando a superfície. Resulta uma construção centralizada, canonizada pelos cubistas. Um rompimento com a expectativa pública. Uma abolição das contingências pré-postas pelos clichês”, segue o artista.
“Os princípios puros e a ética pictórica se fazem existentes. A libertação da imaginação, livre do conceito freudiano de agressão; a abstração usa a arquitetura como o primeiro degrau”, acrescenta ele.
O ato de pintar é o mesmo ato de respiração universal.
‘O pintor não pensa, ele sabe’ (Harold Rosemberg)”, conceitualiza Dedablio.
“A angústia da estética, segundo Kierkegaard, é associada à possibilidade de uma realidade carente de realidade. Os murmúrios sibilinos e os alaridos dionísicos silenciam aqui”, segue ele.
“Trata-se de uma análise microscópica dos fundamentais estados do pensamento que erige a construção pictórica. A representabilidade aqui é rompida. Estas criações estão situadas em um nível imaterial. Enfim, libertamo-nos das formas limitadas.
O vertical e o horizontal se limitam ao formalismo do espaço ficcional, a diagonal erige a realidade. A cor estrutura a liberdade da imagem livre de delineamento”, conclui o artista.
A exposição “Vanguarda e Ruptura” foi contemplada pela Lei Paulo Gustavo de âmbito municipal, tendo sido aberta nesta quinta-feira, 8, e seguindo até o dia 31, de segunda-feira a sexta-feira, das 9h às 17h e das 18h às 21h. O Centro Cultural “Jornalista Vicente Ortiz de Camargo” fica na praça Martinho Guedes, 12.