Binho Vieira exalta 7 décadas do CDMCC

Binho Vieira exalta 7 décadas do CDMCC

Publicidade

Exposição “70 Artistas Celebrando os 70 Anos do Conservatório de Tatuí” é 1ª do MIS

Da redação

O multiartista tatuiano, historiador e músico Binho Vieira homenageia, com sua arte “TIJOL”, a história da maior escola de música da América Latina, o Conservatório de Tatuí, que completa 70 anos de fundação neste dia 11 de agosto de 2024. Para isso, Binho leva para uma “exposição memória” 70 artistas que fizeram parte da trajetória da instituição.

A curadoria é do multiartista tatuiano, que desenvolveu toda a exposição memória: “70 Artistas Celebrando os 70 Anos do Conservatório de Tatuí”.

“Nos seus setenta anos, nada melhor que 70 grandes artistas com suas fotos e suas histórias impressas em painéis murais para chancelar esta justa homenagem ao Conservatório de Tatuí”, argumenta Binho.

A exposição no Museu da Imagem e do Som de “Jornalista Renato Ferreira de Camargo” – o MIS Tatuí -, que faz parte do Complexo Cultural, situado na avenida Domingos Bassi, esquina com a avenida João Batista Correia Campos (marginal do Manduca), ao lado da prefeitura municipal.

A exposição, com abertura na sexta-feira, 9, com um vernissage exclusivo para convidados, artistas e imprensa, e, a partir do sábado, 10, até o dia 13 de setembro, segue gratuita e aberta à população, às sextas-feiras e sábados, das 9h às 1 h. No final de semana do aniversário de Tatuí, o MIS Tatuí estará aberto nos dias 10 e 11, das 9h às 17h.

“A alegria foi imensa em saber que a minha exposição seria a primeira expografia a entrar no MIS Tatuí “Jornalista Renato Ferreira de Camargo”. A relevância da história do Conservatório de Tatuí e esta exposição memória teve um casamento ideal quando surgiu a ideia de celebrar este momento no MIS, um lugar que tem tudo a ver com o Conservatório”, comenta Binho Vieira.

“70 Artistas Celebrando os 70 Anos do Conservatório de Tatuí” refere-se, fundamentalmente, ao estudo da história da escola de música, teatro e luteria, “com a finalidade de garantir o registro de sua memória através dos talentos que passaram por ela, sejam ainda alunos, sejam na docência, através de uma exposição de fotos e bibliografias de seus brilhantes personagens. Uma expografia que envolve fotografia, design, e muitas histórias”, detalha o curador.

“O projeto visa reverenciar o melhor da nossa arte seja pela música, pela luteria, pelo teatro ou pelo canto, dando o devido valor ao talento que faz do Conservatório de Tatuí o maior de todos. Temos uma escola de música, de teatro e luteria que forma profissionais para o mundo”, acrescenta ele.

“E nos cabe ressaltar que alguns dos melhores do mundo em suas áreas aprenderam seus primeiros acordes, suas primeiras interpretações teatrais e a construção de seus primeiros instrumentos de madeira aqui no Conservatório de Tatuí”, reforça Binho.

Cada artista convidado para participar da exposição terá um painel mural nas medidas de 60 centímetros por 1,20 metro em madeira, retratando sua história com o Conservatório. “Um painel com um design incrível, com o toque artístico de Binho Vieira”, aponta a produção da mostra.

A exposição será dividida em quatro salas ambientadas, representando cinco temas: painel cordas (piano, harpa, luteria, cordas sinfônicas e popular), painel percussão, painel sopros (madeira e metais), painel canto e painel teatro (artes cênicas e cenografia).

Binho Vieira participou das atividades do Conservatório de Tatuí de 1980 a 1992, e afirma ter levado, para a história de vida dele, “uma grande bagagem de conhecimento e boas memórias”.

Foi disso que surgiu a ideia deste projeto, sendo que a escolha dos 70 artistas teve como um dos principais critérios “a memória afetiva” dos tempos em que Binho estudou no Conservatório, onde fez muitos amigos. Também são consideradas a relevância histórica e a influência na mídia dos artistas selecionados.

Foram dois meses de pesquisas ele até chegar nos 70 escolhidos e mais seis meses de pesquisa de campo para conseguir o material bibliográfico dos artistas, entre fotos, documentários e histórias, além de três meses para criar as artes de cada painel. “Um trabalho árduo e muito rico em detalhes que valeu a pena todo esforço e horas de dedicação”, acentua o multiartista. A revisão ortográfica ficou a cargo da Flávia Machado.

História musical

Binho Vieira também tem descendência musical, que começou com o avô por parte de mãe, Renato Oliveira, multi-instrumentista, que tocava na década de 1920 na Orquestra Jazz União Operária Tatuhy.

“De lá pra cá, muitos músicos da família fizeram o Conservatório e se destacaram no cenário artístico deste Brasil afora e que também estão sendo homenageados na exposição”, antecipa Binho.

Como exemplo, ele aponta Claudio Baiano (um dos primeiros professores de percussão do Conservatório de Tatuí), Bob Percussa, Atner Oliveira, Laruana Alves, Giovanni Ricioli, Paloma Bulsing (a primeira mulher clarinetista da escola a entrar na Marinha do Brasil), dentre outros.

Alguns “in memoriam”, com autorização de suas famílias, estão dentro da exposição, “trazendo uma relevância histórica gigante para o projeto”, frisa Binho. Entre esses, ele cita: Bimbo Azevedo, João Baptista Del Fiol, maestro Neves e João Dias Carrasqueira, entre outros.

“Lendas vivas que ainda fazem do Conservatório a maior de todas também estão sendo lembradas no projeto, como os professores José Coelho de Almeida, Pedro Cameron, Ana Maria Texeira de Medeiros, com seus 56 anos como professora de piano, e alguns irmãos da América Latina, como Javier Calvino, com seus 50 anos como professor de percussão sinfônica da escola, Eric Heimman Pais, Oscar Aldama e Alvaro Ponce De Leon R. O restante dos artistas você descobrirá indo apreciar a exposição”, convida Binho.

“Reverenciar a história dos 70 anos do Conservatório de Tatuí através destes incríveis e talentosos artistas é respeitar o seu passado sem perder de vista os seus próximos 70 anos. Cada um no seu devido tempo enriqueceu a história do Conservatório de Tatuí, levando, nos dias de hoje, o nome da instituição para todos os palcos onde pisam”, argumenta ele.

“A exposição é para aplaudir de pé o Conservatório de Tatuí, a sua arte e as pessoas que fizeram e fazem parte desta belíssima história”, sustenta o multiartista.

“Só tenho a agradecer ao meu Jesus Cristo, toda honra e toda glória! Quero agradecer ao cuidado e paciência da minha esposa Lu Bulsing, que esteve sempre perto, me orientando em tudo e proporcionando condições para que eu pudesse realizar este projeto com excelência”, comenta Binho.

O artista também agradece o apoio do Conservatório de Tatuí, na pessoa do gerente-geral Gildemar Oliveira, da Sustenidos – Organização Social de Cultura, que gerencia o Conservatório de Tatuí, “o qual não mediu esforços para que este projeto acontecesse”, ressalta.

“Muitos foram os parceiros culturais que, juntos, abrilhantam com suas marcas este incrível projeto memória”, acrescenta Binho. São eles: Pekatê Brasil, associada à Fundação Dom Cabral, uma das maiores escolas de negócios da América Latina; Unimed Centro Paulista; Master Mind; VA Brindes e Comunicação Visual; Buffet Di Fatto; Bantenders Primus Premiun; MR Produções; Unimed Tatuí; Hotel Del Fiol; Buffet Cláudia Rauscher; Studio K – Estúdio de Design; Bravo Tatuí – Instituto Musical; Perin – Instrumentos Musicais; Vetech Informática; Cachaça Paulossi; Tatu na Toca; FFM – Serviços de Escrita; Raquel Flores; COT – Centro Ortopédico Tatuí; Branko Comunicação Visual; e Paulo Rogério Fotografia, um dos grandes fotógrafos da história do Conservatório de Tatuí.

O artista ainda agradece o apoio dos veículos de comunicação, “que sempre abriram as portas e seus microfones para que os projetos fossem divulgados”. “São eles: podcast AEQ Dedê, do amigo Victor Villar; a Central de Rádio e a Rádio Notícias FM, com Camilo Peres e Fábio Vieira; o jornal O Progresso de Tatuí, do amigo Ivan Camargo; Bernadete Elmec, com a revista Hadar; o amigo escritor Christian Pereira; jornalismo da TV TEM; e os canais de comunicação da Secretaria de Cultura de Tatuí, nas pessoas dos amigos Buko e Rogério Vianna”.

Publicidade

A exposição memória: “70 Artistas Celebrando os 70 Anos do Conservatório de Tatuí” é parte dos projetos contemplados pelo Edital Paulo Gustavo 06/2023 – Seleção de Projetos para Arte e Cultura da Capital da Música e Terra de Paulo Setúbal.

Binho Vieira

Binho Viera, multiartista brasileiro, é o criador do TIJOL – “Movimento Artístico Tatuiano Baseado em Fazer Artes com Círculos, Linhas e a Desconstrução do Tijolo Cerâmico Vermelho”.

Nascido em 1974, hoje com 50 anos, é publicitário, poeta, escritor, designer, músico, cantor, ator, compositor, fotógrafo, artista plástico, escultor, gestor de marketing (bacharelado em Comunicação Social com formação em Publicidade e Propaganda pela Universidade Metodista de Piracicaba) e pós-graduação em Marketing e Mídias Digitais (pela Fundação Getúlio Vargas – FGV, São Paulo).

No mês de outubro de 2023, foi escolhido como autor da melhor poesia no Festival Nacional de Poemas de Cerquilho, com a obra “A Perdida Infância”, em que escreveu, dirigiu e encenou nos palcos do Teatro Municipal de Cerquilho.

Em meados de junho de 2023, foi convidado pelo diretor de cultura de Tatuí, Rogério Viana, para desenhar o medalhão Paulo Setúbal para o 21º Concurso Literário e Artes Visuais.

Em maio de 2023, lançou exposição autoral no Museu “Paulo Setúbal” com a sua arte “TIJOL”, onde recebeu um público de mais de 4.000 pessoas e uma grande exposição de mídia pelos veículos de comunicação, dando início ao movimento artístico tatuiano Recebeu, da Câmara Municipal, uma carta de moção de aplausos pela iniciativa inédita.

No ano de 2023, venceu o Concurso Nacional Clube do Ukulele, na categoria músicas autorais, em parceria com a filha Memy Ricioli, com a música “A Felicidade”.

Em 2022, fez todo o design de ambiente da nova UTI do Hospital Unimed Tatuí, escrevendo, em cada leito, poesias sobre os instrumentos musicais (da viola caipira ao piano, da flauta ao banjo).

É o idealizador do “Quintal do Saber”, localizado na praça Paulo Setúbal, pelo qual transformou um espaço público em um “museu ao ar livre” sobre a história da cidade.

Além disso, desenvolveu o design de ambiente para o hall do Hotel Del Fiol, com o projeto de memória “Pentagrama do Tempo”, e a ambientação musical do Hospital Unimed Tatuí.

Fez a criação e a curadoria da exposição “Arte em Janelas”, contando a história da cidade em fotos extraídas do acervo “Antiga Tatuhy – Volume 1”, em parceria com o Museu Histórico “Paulo Setúbal”, e a expografia do Painel Memória Unimed Centro Paulista, em Limeira.

Participou do projeto cultural “Arte em Portas – Nossos Artistas, Nossas Inspirações!”, na Escola Estadual “Prof. José Celso de Mello”, com um dos seus pensamentos poéticos.

Lançou em 2021 o livro “Reflexões: Eu Planto, Tu Plantas, Nós Colhemos”, a história da cooperativa Unimed Centro Paulista, em fotos e contação de histórias.

Desde 2015, tem o projeto autoral “Ciranda de Louvor”, com mais de 180 cantigas cristãs infantis. Foi vencedor do Mapa Cultural Paulista 2011 (fase municipal) nas categorias fotografia, com “Analogia do Tempo”, e crônica jornalística, com “A Inclusão dos Excluídos”. Recebeu duas estatuetas do Prêmio “Arthur Henck” de Educação, na categoria Educação Cooperativista na Cidadania (2010 e 2012). Vencedor do Mapa Cultural Paulista 2010 (fase municipal) na categoria caricatura, com a obra “Andrea Bocelli”, e na categoria escultura, com “O Gorila”, quando iniciou os primeiros traços do Movimento TIJOL.

Tem mais de 20 troféus no Prêmio Nacional de Marketing do Sistema Unimed. Finalista no Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria Melhor Capa de Livros Infantis (1997), pela Editora Casa Publicadora Brasileira.

Menção honrosa em charge no 1º Salão de Humor Latino-Americano (1995). Participação em exposições de diversos salões de humor, inclusive, o mais respeitado do mundo, o Salão Internacional de Humor de Piracicaba, no ano de 1994.

Aprendeu música no Conservatório de Tatuí, de 1980 a 1992, onde participou de grandes espetáculos, como solista na primeira ópera infantil do país, “A Peste e o Intrigante”, de Monteiro Lobato, uma adaptação de Mario Ficarelli, uma superprodução que rodou o Brasil.

Ao completar 40 anos, lançou o primeiro livro no formato digital, com suas principais obras de artes em aquarela, grafite, bico de pena em nanquim, que, ao serem digitalizadas, ganharam poemas escritas pelo próprio artista.

A arte TIJOL

Binho descreve a iniciativa “TIJOL” como um movimento artístico tatuiano baseado em fazer artes com os círculos, linhas e a desconstrução do tijolo cerâmico vermelho”.

“Tatuí é uma cidade privilegiada, pois ela se situa sobre uma formação geológica com argila de excelente qualidade. Atraídas pelas condições ideais de extração da matéria-prima, muitas fábricas de cerâmica vermelha se instalam na região principalmente a partir dos anos 60”, observa o artista.

A ideia de criar arte através das linhas, círculos e desconstrução da argila vermelha em elementos gráficos foi o pontapé inicial de Binho Vieira, “a fim de desenvolver um estilo autoral único, inédito e tendo Tatuí como seu berço inspiracional”.

O acervo TIJOL reúne mais de 50 obras que foram apreciadas em maio de 2023 no Museu “Paulo Setúbal” por pelo menos 4.000 pessoas.

“Arte baseada em ilustrações, figuras geométricas, tipologias e elementos do cotidiano de Tatuí, como sua música e natureza, apresentadas através do artesanato, design de objetos, telas digitais, estamparia, esculturas e outros itens, de diversas formas, tamanhos e materiais variados, como cobre, madeira, barro, cerâmica e tecido, entre outros”, explica o artista. Tudo baseado no tijolo cerâmico vermelho.

O “Tijolismo”, criado pelo design tatuiano, não é baseado na argila do “fazer o tijolo, mas sim, dos elementos gráficos e pitorescos que existem na feitura do tijolo criado pela nossa argila vermelha”, acrescenta Binho.

Esses elementos gráficos do tijolo foram definidos assim pelo artista: suas texturas únicas e porosidade aparente; os círculos desformes e sequenciais; as linhas mal definidas, quebradas e paralelas; as paletas avermelhadas e suas nuanças de cores de queima; sua rusticidez e dureza; sua força e peso; os elementos vasados; a profundidade e perspectivas; sua luz e sombra.

Dois dos principais elementos que formam e projetam a nossa grande Tatuí para o mundo vem da arte da argila vermelha e da música e, juntas, vamos celebrar os 70 anos do Conservatório de Tatuí”, conclui o multiartista.